Museu da Escola - Escolas Tombadas - Grupo Escolar Izabel Branco

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Inscrição: Tombo 139-II
Processo: Número 03/98
Data da Inscrição: 13 de novembro de 2.001
Localização: Município: Jaguariaíva - Rua Marieta Camargo, N.º 385
Proprietário: Governo do Estado do Paraná

Histórico

Dona Isabel Branco e a escola. Em 1810, aos dezesseis anos de idade, Isabel Branco e Silva contraiu núpcias com o coronel Luciano Carneiro Lobo que já contava com cinquenta anos. Devido enfermidades o Coronel Luciano faleceu em 1842. A partir de então, a senhora Isabel Branco prosseguiu na obra de elevar e engrandecer Jaguariaíva. Entre obras realizadas por ela se encontra a construção de uma capela que mais tarde passaria ser a igreja matriz da cidade.

Foi no ano de 1866 que Isabel Branco, inspirada nos seus sentimentos religiosos e animada com o surto de progresso da freguesia, fez doação de grande extensão de terra à capela do Senhor Bom Jesus da Pedra Fria, para lhe ficar como patrimônio, cuja escritura foi lavrada em Castro. Ao redor desta capela, num terreno mais elevado, iniciou-se um processo de urbanização dando origem a atual cidade. Isabel Branco era uma senhora de grande fortuna e posses. Prestou relevantes serviços quando da guerra que fizeram a Argentina, Brasil e Uruguai contra o Paraguai, doando cabeças de gado para o abastecimento das forças que se formaram em Jaguariaíva. Mesmo destacamentos da Guarda Nacional foram mantidos às suas expensas.

Dona Izabel Branco faleceu em 17 de agosto de 1870 aos sessenta e seis anos de idade.

Segundo a biografia levantada por Ermelino de Leão, Isabel Branco “era uma venerável paranaense, casada com o Cel. Luciano Carneiro Lobo, prestante paranaense que relevantes serviços prestou ao povoamento dos Campos Gerais. O Dec. N. 324 de 13 de Abril de 1912, prestou uma homenagem a sua memória, dando o seu nome ao grupo escolar da cidade de Jaguariahyva, para cuja fundação tanto concorreu”.

O grupo escolar. Em 26 de abril de 1910, Miguel Tureck assinou com o Estado o contrato para a construção desse Grupo Escolar, tendo por base o mesmo projeto do Grupo Professor Cleto, construído em Curitiba.

A descrição da planta inicial era para que se executassem quatro salas de aula. Seriam construídas como quatro salões contíguos, cada um medindo 9,30 m. por 6,50m. As entradas são comuns para cada par de salas e teriam 2,50 m. de altura por 6,50 m. de largura. Sua inauguração oficial se deu no ano de 1911.

Em fevereiro de 1912, o prédio ficou pronto para o funcionamento das quatro salas de aulas. Faltavam ainda a construção das calçadas e muros em volta do edifício. A edificação passou por reparos em 1917, 1922 e 1923. Os serviços de terraplanagem em torno do edifício foram realizados às custas da Prefeitura de Jaguariaíva.

Foram feitas três concorrências para a confecção de uma grade de contorno dessa casa escolar, sem que nenhuma empresa se apresentasse para atender à concorrência. Segundo a documentação constante no processo de tombamento, somente em 1948 a empresa Obras e Melhoramentos S/A atendeu a licitação para executar o muro do Grupo Escolar.

Desde a década de 1910 o edifício é um referencial da questão educacional para povo de Jaguariaíva. Por isso, Prefeito Ademar Ferreira de Barros fez a solicitação de tombamento à Coordenadoria do Patrimônio Cultural/Seec.

Conforme informações encontradas no Inventário de Proteção do Acervo Cultural/PR, realizada em 28 de outubro de 1992 o grupo escolar abrigou outras atividades como: uma escola profissionalizante, banco de sangue e uma sala para a Apae.
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